quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Uma voz que me indica o caminho...


Eram dezanove horas quando eu saía de tua casa e o estado de melancolia atacava-me logo mesmo antes de sair do teu elevador. As luzes piscavam e cinco pisos pareciam ser vinte. A minha cabeça não estava la mas sim no mundo dos pensamentos.
Chego em meros segundos ao piso zero mas pareceu demorar horas. Entretanto fechei a porta do elevador e assim que aquela luz fosca desapareceu fiquei rodeado de escuridão!
Não se via nada de nada! Atrás de mim encontravam-se umas escadas que iam para um piso de subsolo como de algo obscuro se trata-se.
Finalmente encontrei o caminho para a porta de saída que parecia mais pesada do que nunca .
Ao abrir a porta fiquei na esperança de encontrar mais claridade mas não! Já era de noite e de noite seria até o sol voltar a nascer. Fazia muito frio, tanto frio que os termómetros batiam nos três graus, e por isso não existia uma pinga humana na rua. Olho para cima e o céu estava negro, aquela estrela guia que nos deve guiar quando estamos desorientados não estava la, alias nem ela nem todas as suas infinidades de irmãs existentes na galáxia! Nenhuma  estrela nem ninguém podia-me guiar!
Não há nada mais perigoso que uma mente humana  abandonada, no entanto quando estou prestes a mergulhar no mundo dos pensamentos  oiço um latir de um cão, é um som forte que me exige estar acordado.
Olho para cima de novo, e lá estas tu com o teu cão na varanda , estavas tão alta que parecias um anjo no céu. O meu anjo.
Oiço uma voz a chamar-me e consequentemente seguida da frase "Amo-te muito , até amanhã ".
Simplesmente com isto tudo ficou mais claro e eu segui para casa iluminado, pois sei que nunca caminharei sozinho.

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